Dólar recua e fecha a R$ 5,74, em dia de eleições nos EUA; Ibovespa sobe
A moeda norte-americana teve queda de 0,63%, cotada a R$ 5,7464. Já o principal índice de ações da bolsa de valores, encerrou em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos. freepik O dólar inverteu o sinal positivo visto pela manhã e fechou a sessão desta terça-feira (5) em queda. O foco dos investidores ficou com o exterior, conforme seguia o dia de eleições nos Estados Unidos. Por lá, se enfrentam a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. Essa é a eleição mais incerta da história dos EUA — e esse cenário tem se refletido diariamente no dólar. As pesquisas mostram um cenário de empate técnico entre os dois candidatos, mas as apostas do mercado financeiro são de uma vitória de Trump — embora, nos últimos dias, a vantagem do republicano sobre Harris tenha diminuído. Trump defendeu durante toda sua campanha a taxação de produtos importados nos Estados Unidos, além de outras medidas de protecionismo econômico — o que aumentou as perspectivas de que, em um governo dele, a inflação poderia subir, elevando os juros e isso levou a uma disparada do dólar pelo mundo. Kamala ou Trump: como afetam a economia brasileira e quais os impactos no dólar, bolsa e juros Além disso, as incertezas sobre o quadro fiscal do país também continuam a pesar nos mercados, conforme investidores seguem na expectativa pelo anúncio de cortes de gastos por parte do governo. Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a fazer uma reunião de três horas com a equipe econômica para tratar sobre o tema. (Entenda mais abaixo) O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, encerrou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Ao final da sessão, o dólar caiu 0,63%, cotado a R$ 5,7464. Na máxima do dia, porém, chegou a R$ 5,8045. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 2,10% na semana; recuo de 0,60% no mês; ganho de 18,42% no ano. No dia anterior, a moeda caiu 1,48%, cotada a R$ 5,7831. O Ibovespa Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos. Na véspera, o índice encerrou em alta de 1,87%, aos 130.515 pontos. Com o resultado, acumulou: avanço de 1,87% na semana; ganhos de 0,62% no mês; recuo de 2,74% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? As eleições norte-americanas tiveram a maior parte do foco dos investidores neste pregão, com destaque para o cenário político e suas implicações para a economia dos EUA e do mundo. Em reportagem do g1, especialistas explicaram que tanto Kamala Harris quanto Donald Trump podem trazer impactos para a economia brasileira com suas políticas. No entanto, com as propostas apesentadas até aqui, a expectativa é que uma vitória de Trump pressionaria mais o dólar em detrimento do real. Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos Estados Unidos, diminuindo o comércio com a China. "Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa. Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras", explicou ao g1 Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional. Esse cenário poderia mexer com a balança comercial brasileira, diminuindo o nível de exportações, o que reduziria a reserva de dólares e poderia pressionar ainda mais a inflação. As eleições americanas acontecem nesta terça-feira (5) e os resultados devem ser divulgados nos próximos dias. Já por aqui, o mercado segue em compasso de espera por novas medidas de cortes de gastos públicos. Nesta terça-feira, o Governo Federal fez novas reuniões para tratar sobre o tema, depois do mercado se frustrar com a falta de um anúncio na última semana. Segundo o Ministério da Fazenda, a Casa Civil chamou ministérios para discutir a situação fiscal do país e as propostas de corte de despesas. O governo não indicou quais pastas serão convocadas. Na segunda-feira, Lula fez uma reunião de cerca de três horas com ministros e a equipe econômica para falar sobre as possibilidades de cortes de gastos. Segundo informou o blog da Julia Duailibi, o encontro foi marcado por um ambiente tenso, com ministros convocados às pressas e reclamações dos titulares e das pastas que deverão ser afetadas pelas medidas de contenção de despesas. As notícias não param por aí, e a semana também conta com divulgações importantes à frente. Na quarta-feira (6), o mercado aguarda pela decisão do Copom, com expectativa de que o Comitê eleve em até 0,50 ponto percentual a taxa Selic, a um patamar de 11,25% ao ano. Juros maiores são uma tentativa do BC de conter o avanço da inflação. Já nos Estados Unidos, na quinta-feira, o Federal
A moeda norte-americana teve queda de 0,63%, cotada a R$ 5,7464. Já o principal índice de ações da bolsa de valores, encerrou em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos. freepik O dólar inverteu o sinal positivo visto pela manhã e fechou a sessão desta terça-feira (5) em queda. O foco dos investidores ficou com o exterior, conforme seguia o dia de eleições nos Estados Unidos. Por lá, se enfrentam a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. Essa é a eleição mais incerta da história dos EUA — e esse cenário tem se refletido diariamente no dólar. As pesquisas mostram um cenário de empate técnico entre os dois candidatos, mas as apostas do mercado financeiro são de uma vitória de Trump — embora, nos últimos dias, a vantagem do republicano sobre Harris tenha diminuído. Trump defendeu durante toda sua campanha a taxação de produtos importados nos Estados Unidos, além de outras medidas de protecionismo econômico — o que aumentou as perspectivas de que, em um governo dele, a inflação poderia subir, elevando os juros e isso levou a uma disparada do dólar pelo mundo. Kamala ou Trump: como afetam a economia brasileira e quais os impactos no dólar, bolsa e juros Além disso, as incertezas sobre o quadro fiscal do país também continuam a pesar nos mercados, conforme investidores seguem na expectativa pelo anúncio de cortes de gastos por parte do governo. Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a fazer uma reunião de três horas com a equipe econômica para tratar sobre o tema. (Entenda mais abaixo) O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, encerrou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Ao final da sessão, o dólar caiu 0,63%, cotado a R$ 5,7464. Na máxima do dia, porém, chegou a R$ 5,8045. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 2,10% na semana; recuo de 0,60% no mês; ganho de 18,42% no ano. No dia anterior, a moeda caiu 1,48%, cotada a R$ 5,7831. O Ibovespa Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos. Na véspera, o índice encerrou em alta de 1,87%, aos 130.515 pontos. Com o resultado, acumulou: avanço de 1,87% na semana; ganhos de 0,62% no mês; recuo de 2,74% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? As eleições norte-americanas tiveram a maior parte do foco dos investidores neste pregão, com destaque para o cenário político e suas implicações para a economia dos EUA e do mundo. Em reportagem do g1, especialistas explicaram que tanto Kamala Harris quanto Donald Trump podem trazer impactos para a economia brasileira com suas políticas. No entanto, com as propostas apesentadas até aqui, a expectativa é que uma vitória de Trump pressionaria mais o dólar em detrimento do real. Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos Estados Unidos, diminuindo o comércio com a China. "Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa. Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras", explicou ao g1 Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional. Esse cenário poderia mexer com a balança comercial brasileira, diminuindo o nível de exportações, o que reduziria a reserva de dólares e poderia pressionar ainda mais a inflação. As eleições americanas acontecem nesta terça-feira (5) e os resultados devem ser divulgados nos próximos dias. Já por aqui, o mercado segue em compasso de espera por novas medidas de cortes de gastos públicos. Nesta terça-feira, o Governo Federal fez novas reuniões para tratar sobre o tema, depois do mercado se frustrar com a falta de um anúncio na última semana. Segundo o Ministério da Fazenda, a Casa Civil chamou ministérios para discutir a situação fiscal do país e as propostas de corte de despesas. O governo não indicou quais pastas serão convocadas. Na segunda-feira, Lula fez uma reunião de cerca de três horas com ministros e a equipe econômica para falar sobre as possibilidades de cortes de gastos. Segundo informou o blog da Julia Duailibi, o encontro foi marcado por um ambiente tenso, com ministros convocados às pressas e reclamações dos titulares e das pastas que deverão ser afetadas pelas medidas de contenção de despesas. As notícias não param por aí, e a semana também conta com divulgações importantes à frente. Na quarta-feira (6), o mercado aguarda pela decisão do Copom, com expectativa de que o Comitê eleve em até 0,50 ponto percentual a taxa Selic, a um patamar de 11,25% ao ano. Juros maiores são uma tentativa do BC de conter o avanço da inflação. Já nos Estados Unidos, na quinta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) volta a se reunir para decidir suas novas taxas de juros, atualmente entre 4,75% e 5,00% ao ano, depois de um corte de 0,50 ponto percentual na última reunião, em setembro. O mercado aposta numa continuidade do ciclo de cortes nos juros, mas em maior magnitude, com uma redução de 0,25 ponto percentual.