Reforma tributária pode gerar alta adicional de 2,39% no PIB até 2032, prevê Ipea

Levantamento considera período de transição previsto na nova regra, entre 2026 e 2032. Expectativa é que texto seja votado em primeiro turno na Câmara nesta quinta-feira (6). A implementação da reforma tributária em análise no Congresso Nacional pode gerar um crescimento adicional de 2,39% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro entre 2026 e 2023 – em comparação com as previsões de crescimento no regime tributário atual. É o que aponta um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira (6). A reforma pretende simplificar a cobrança dos impostos no país, medida considerada fundamental para destravar a economia e impulsionar o crescimento e a geração de empregos. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados e a expectativa é que seja votada em primeiro turno nesta quinta. LEIA TAMBÉM: Reforma tributária: veja os principais pontos da proposta O levantamento considera o primeiro texto apresentado pelo relator da reforma na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), em 22 de junho. Na quarta (5), o deputado fez novas mudanças na proposta, com a inclusão de isenção para itens da cesta básica, por exemplo. Ainda falta acordo sobre o conselho federativo e o fundo de compensação, o que deve motivar novas alterações. Camarotti vê proposta da reforma encaminhada: Ficará difícil a oposição ficar contra algo a favor do país Impacto menor, mas ainda positivo Segundo o Ipea, as alterações feitas até 22 de junho reduzem a alta adicional no PIB a ser gerada pela reforma. Com o texto original, a PEC 45 de 2019, a expectativa era de crescimento extra da economia de 5,75% até 2036 – o período de transição inicialmente proposto. Com as alterações, o impacto cai para 2,39%. De acordo com o estudo, a alta no PIB é menor no texto substitutivo por causa da manutenção de alguns regimes e exceções. "Isso permite inferir que certo nível de más alocações produtivas permanecerá", diz a pesquisa. O PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia. É a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Crescimento em 19 estados Com a reforma, o Ipea projeta acréscimo no PIB em 19 unidades da federação, das quais só duas apresentarão alta acima de 3 pontos percentuais: Minas Gerais e Distrito Federal. Veja o crescimento projetado por estado: Paraná: 0,04% Maranhão: 0,09% Sergipe: 0,2% Tocantins: 0,22% Santa Catarina: 0,34% Amazonas: 0,39% Mato Grosso: 0,47% Mato Grosso do Sul: 0,52% Rio Grande do Norte: 0,63% Pará: 0,75% Espírito Santo: 0,76% Ceará: 0,84% Piauí: 1,04% São Paulo: 1,67% Paraíba: 2,08% Rio de Janeiro: 2,36% Acre: 2,91% Distrito Federal: 3,77% Minas Gerais: 3,92% O levantamento também prevê terão queda no PIB projetado até aqui com as mudanças. São eles: Roraima: 1,71% Amapá: 0,93% Alagoas: 0,57% Rondônia: 0,41% Pernambuco: 0,32% Rio Grande do Sul: 0,09% Bahia: 0,07% Goiás: 0,07%

Reforma tributária pode gerar alta adicional de 2,39% no PIB até 2032, prevê Ipea
Levantamento considera período de transição previsto na nova regra, entre 2026 e 2032. Expectativa é que texto seja votado em primeiro turno na Câmara nesta quinta-feira (6). A implementação da reforma tributária em análise no Congresso Nacional pode gerar um crescimento adicional de 2,39% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro entre 2026 e 2023 – em comparação com as previsões de crescimento no regime tributário atual. É o que aponta um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira (6). A reforma pretende simplificar a cobrança dos impostos no país, medida considerada fundamental para destravar a economia e impulsionar o crescimento e a geração de empregos. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados e a expectativa é que seja votada em primeiro turno nesta quinta. LEIA TAMBÉM: Reforma tributária: veja os principais pontos da proposta O levantamento considera o primeiro texto apresentado pelo relator da reforma na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), em 22 de junho. Na quarta (5), o deputado fez novas mudanças na proposta, com a inclusão de isenção para itens da cesta básica, por exemplo. Ainda falta acordo sobre o conselho federativo e o fundo de compensação, o que deve motivar novas alterações. Camarotti vê proposta da reforma encaminhada: Ficará difícil a oposição ficar contra algo a favor do país Impacto menor, mas ainda positivo Segundo o Ipea, as alterações feitas até 22 de junho reduzem a alta adicional no PIB a ser gerada pela reforma. Com o texto original, a PEC 45 de 2019, a expectativa era de crescimento extra da economia de 5,75% até 2036 – o período de transição inicialmente proposto. Com as alterações, o impacto cai para 2,39%. De acordo com o estudo, a alta no PIB é menor no texto substitutivo por causa da manutenção de alguns regimes e exceções. "Isso permite inferir que certo nível de más alocações produtivas permanecerá", diz a pesquisa. O PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia. É a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Crescimento em 19 estados Com a reforma, o Ipea projeta acréscimo no PIB em 19 unidades da federação, das quais só duas apresentarão alta acima de 3 pontos percentuais: Minas Gerais e Distrito Federal. Veja o crescimento projetado por estado: Paraná: 0,04% Maranhão: 0,09% Sergipe: 0,2% Tocantins: 0,22% Santa Catarina: 0,34% Amazonas: 0,39% Mato Grosso: 0,47% Mato Grosso do Sul: 0,52% Rio Grande do Norte: 0,63% Pará: 0,75% Espírito Santo: 0,76% Ceará: 0,84% Piauí: 1,04% São Paulo: 1,67% Paraíba: 2,08% Rio de Janeiro: 2,36% Acre: 2,91% Distrito Federal: 3,77% Minas Gerais: 3,92% O levantamento também prevê terão queda no PIB projetado até aqui com as mudanças. São eles: Roraima: 1,71% Amapá: 0,93% Alagoas: 0,57% Rondônia: 0,41% Pernambuco: 0,32% Rio Grande do Sul: 0,09% Bahia: 0,07% Goiás: 0,07%