Influenciado pela gasolina, IPCA registra deflação histórica de 0,68%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apresentou uma queda de 0,68% em julho, ante 0,67% em junho. Essa é a menor taxa registrada desde o início da série histórica, em janeiro de 1980. A última vez que houve deflação, ou seja, queda de preços, foi há dois anos.
Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (9/8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o IPCA acumula alta de 4,77% e, nos últimos 12 meses, de 10,07%, abaixo dos 11,89% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2021, a variação havia sido de 0,96%.
A deflação em julho é explicada principalmente pelo recuo dos preços dos combustíveis e energia. As variações negativas destes itens refletem a queda nos preços praticados nas refinarias da Petrobras e também a redução das alíquotas de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aplicada a partir da Lei Complementar 194, de 2022, sancionada no final de junho.
A diminuição dos impostos, em ano eleitoral, foi uma estratégia adotada pelo governo e pelo Congresso.
De acordo com o IBGE, os preços da gasolina caíram 15,48%, e os do etanol, 11,38%. Já o custo da energia residencial teve queda de 5,78%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois apresentaram deflação em julho, enquanto os outros sete tiveram alta de preços. O resultado do mês foi influenciado principalmente pelos custos dos grupos Transportes (-4,51%) e Habitação (-1,05%).
Veja a inflação de julho para cada um dos grupos pesquisados:
- Alimentação e bebidas: 1,30%
- Habitação: -1,05%
- Artigos de residência: 0,12%
- Vestuário: 0,58%
- Transportes: -4,51%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,49%
- Despesas pessoais: 1,13%
- Educação: 0,06%
- Comunicação: 0,07%
Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/economia-br/influenciado-pela-gasolina-ipca-registra-deflacao-historica-de-068