Ibovespa opera em queda, com aumento de juros pelo BCE e PIB dos EUA no radar

Na véspera, o principal índice da bolsa de valores avançou 0,45%, aos 122.560 pontos. Ibovespa opera em baixa, puxado pelo exterior. Freepik O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abre em queda nesta quinta-feira (27), com uma série de indicadores no radar e com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de aumentar os juros da região, mas sinalizando que fim das altas está próximo. Além disso, foi divulgado o PIB dos Estados Unidos, bem acima das expectativas de mercado. Às 11h20, o índice caía 1,38%, aos 122.865 pontos. Veja mais cotações. Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 0,94%, aos 121.342 pontos. Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular altas de: 1,95% na semana; 3,79% no mês; 11,69% no ano. O que está mexendo com os mercados? No principal evento do dia, o Banco Central Europeu (BCE) elevou as taxas de juros pela nona vez consecutiva e manteve a porta aberta para novo aperto monetário, à medida que a inflação e o risco crescente de recessão colocam as autoridades em direções opostas. Com a alta de 0,25 ponto percentual, a taxa de depósito do BCE está em 3,75%. Trata-se do nível mais alto desde 2000, antes mesmo de as notas e moedas de euro terem sido colocadas em circulação. A principal taxa de refinanciamento foi fixada em 4,25%. O BCE elevou os custos dos empréstimos em um total de 425 pontos-base desde julho passado, preocupado que o crescimento excessivo dos preços possa ser perpetuado por meio de aumentos salariais, já que o mercado de trabalho permanece excepcionalmente apertado. Decisões futuras garantirão que as taxas de juros do BCE sejam estabelecidas em níveis suficientemente restritivos pelo tempo necessário para alcançar um retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2%. Decisões futuras garantirão que as taxas de juros do BCE sejam estabelecidas em níveis suficientemente restritivos pelo tempo necessário para alcançar um retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2%. Mas o comunicado do BCE retirou uma referência de que as taxas precisam ser "levadas" a um nível que reduza a inflação com rapidez suficiente, uma mudança sutil que pode ser vista como um sinal de que novos aumentos não são garantidos. Isso deixará os investidores se perguntando se outro aumento de juros está chegando ou se julho marca o fim do aperto monetário mais rápido de todos os tempos do BCE. No entanto, está cada vez mais claro que o fim dos aumentos de juros está se aproximando rapidamente, com as autoridades debatendo se é necessário mais um pequeno movimento antes que as taxas sejam mantidas estáveis ​​pelo que alguns acham que será um longo período de tempo. "O Conselho do BCE continuará a seguir uma abordagem dependente de dados para determinar o nível apropriado e a duração da restrição", acrescentou o BCE. Ainda no exterior, o Departamento do Comércio dos EUA mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumentou a uma taxa anualizada de 2,4% no segundo trimestre de 2023. A leitura anterior foi de alta de 2% na comparação com o trimestre anterior. A expectativa de mercado era de alta de 1,8%. A economia está sendo ancorada pelo mercado de trabalho, cujo aperto contínuo foi enfatizado por um relatório separado do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira, mostrando que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 7 mil na semana encerrada em 22 de julho, para 221.000 em dado com ajuste sazonal. As empresas estão acumulando trabalhadores depois de terem tido dificuldades para encontrar mão de obra durante a pandemia do Covid-19. O emprego no setor de lazer e hotelaria permanece abaixo dos níveis pré-pandemia. Em 3,6% em junho, a taxa de desemprego não está muito longe das mínimas de várias décadas. No Brasil, o Ministério da Economia anuncia, às 14h, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho. A mediana de 19 estimativas de instituições financeiras e consultorias coletadas pelo Valor Data aponta a criação de 150 mil vagas formais de emprego em junho. No mês anterior o saldo líquido de postos de trabalho criados no Brasil foi de 155.270. O intervalo das expectativas ficou entre a criação de 120.030 e 209 mil novas vagas. Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que os preços ao produtor no Brasil recuaram pela quinta vez seguida em junho e a taxa em 12 meses foi ao menor patamar da série histórica. Em junho, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou deflação de 2,72%, depois de ter recuado 2,88% em maio. O resultado levou o índice a acumular em 12 meses queda de 12,37%, maior queda da série histórica iniciada em 2014. “A indústria brasileira convive com quase um ano de deflação na porta da fábrica. No acumulado em 12 meses, é a primeira vez que o indicador atinge dois dígitos de variação negativa", destacou o analista do IPP, Felipe Câmara.

Ibovespa opera em queda, com aumento de juros pelo BCE e PIB dos EUA no radar

Na véspera, o principal índice da bolsa de valores avançou 0,45%, aos 122.560 pontos. Ibovespa opera em baixa, puxado pelo exterior. Freepik O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abre em queda nesta quinta-feira (27), com uma série de indicadores no radar e com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de aumentar os juros da região, mas sinalizando que fim das altas está próximo. Além disso, foi divulgado o PIB dos Estados Unidos, bem acima das expectativas de mercado. Às 11h20, o índice caía 1,38%, aos 122.865 pontos. Veja mais cotações. Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 0,94%, aos 121.342 pontos. Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular altas de: 1,95% na semana; 3,79% no mês; 11,69% no ano. O que está mexendo com os mercados? No principal evento do dia, o Banco Central Europeu (BCE) elevou as taxas de juros pela nona vez consecutiva e manteve a porta aberta para novo aperto monetário, à medida que a inflação e o risco crescente de recessão colocam as autoridades em direções opostas. Com a alta de 0,25 ponto percentual, a taxa de depósito do BCE está em 3,75%. Trata-se do nível mais alto desde 2000, antes mesmo de as notas e moedas de euro terem sido colocadas em circulação. A principal taxa de refinanciamento foi fixada em 4,25%. O BCE elevou os custos dos empréstimos em um total de 425 pontos-base desde julho passado, preocupado que o crescimento excessivo dos preços possa ser perpetuado por meio de aumentos salariais, já que o mercado de trabalho permanece excepcionalmente apertado. Decisões futuras garantirão que as taxas de juros do BCE sejam estabelecidas em níveis suficientemente restritivos pelo tempo necessário para alcançar um retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2%. Decisões futuras garantirão que as taxas de juros do BCE sejam estabelecidas em níveis suficientemente restritivos pelo tempo necessário para alcançar um retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2%. Mas o comunicado do BCE retirou uma referência de que as taxas precisam ser "levadas" a um nível que reduza a inflação com rapidez suficiente, uma mudança sutil que pode ser vista como um sinal de que novos aumentos não são garantidos. Isso deixará os investidores se perguntando se outro aumento de juros está chegando ou se julho marca o fim do aperto monetário mais rápido de todos os tempos do BCE. No entanto, está cada vez mais claro que o fim dos aumentos de juros está se aproximando rapidamente, com as autoridades debatendo se é necessário mais um pequeno movimento antes que as taxas sejam mantidas estáveis ​​pelo que alguns acham que será um longo período de tempo. "O Conselho do BCE continuará a seguir uma abordagem dependente de dados para determinar o nível apropriado e a duração da restrição", acrescentou o BCE. Ainda no exterior, o Departamento do Comércio dos EUA mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumentou a uma taxa anualizada de 2,4% no segundo trimestre de 2023. A leitura anterior foi de alta de 2% na comparação com o trimestre anterior. A expectativa de mercado era de alta de 1,8%. A economia está sendo ancorada pelo mercado de trabalho, cujo aperto contínuo foi enfatizado por um relatório separado do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira, mostrando que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 7 mil na semana encerrada em 22 de julho, para 221.000 em dado com ajuste sazonal. As empresas estão acumulando trabalhadores depois de terem tido dificuldades para encontrar mão de obra durante a pandemia do Covid-19. O emprego no setor de lazer e hotelaria permanece abaixo dos níveis pré-pandemia. Em 3,6% em junho, a taxa de desemprego não está muito longe das mínimas de várias décadas. No Brasil, o Ministério da Economia anuncia, às 14h, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho. A mediana de 19 estimativas de instituições financeiras e consultorias coletadas pelo Valor Data aponta a criação de 150 mil vagas formais de emprego em junho. No mês anterior o saldo líquido de postos de trabalho criados no Brasil foi de 155.270. O intervalo das expectativas ficou entre a criação de 120.030 e 209 mil novas vagas. Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que os preços ao produtor no Brasil recuaram pela quinta vez seguida em junho e a taxa em 12 meses foi ao menor patamar da série histórica. Em junho, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou deflação de 2,72%, depois de ter recuado 2,88% em maio. O resultado levou o índice a acumular em 12 meses queda de 12,37%, maior queda da série histórica iniciada em 2014. “A indústria brasileira convive com quase um ano de deflação na porta da fábrica. No acumulado em 12 meses, é a primeira vez que o indicador atinge dois dígitos de variação negativa", destacou o analista do IPP, Felipe Câmara.