Candidato com apoio de Lula disputa a prefeitura de Ponta Porã Contra três concorrentes, criador e executivo de universidades faz do alinhamento com o presidente um diferencial na campanha

Candidato com apoio de Lula disputa a prefeitura de Ponta Porã Contra três concorrentes, criador e executivo de universidades faz do alinhamento com o presidente um diferencial na campanha

A prefeitura de Ponta Porã tem quatro candidatos na disputa: o atual prefeito, Eduardo Campos (PSDB), o produtor rural Pompílio Júnior (PL), o ex-vereador Álvaro Soares (Podemos) e o empresário e diretor executivo de curso universitário Carlos Bernardo. Enquanto aguardam as primeiras pesquisas, os concorrentes definem discursos, programas e estratégias de abordagem dos eleitores, cada um divulgando qualidades e argumentos que consideram como vantagens.

Sem dúvida, um dos diferenciadores neste páreo está na campanha do pedetista Carlos Bernardo. Fundador e CEO do curso de Medicina da Universidade Central do Paraguai (UCP), ele carrega consigo o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em vários momentos de sua agitada vida empresarial e universitária, Carlos Bernardo já desfrutou de reuniões e conversas com o presidente, ministros e assessores. 

Quando confirmou a candidatura em ato público, Carlos da UCP – como é chamado – foi prestigiado com a presença da presidente nacional do PT, Gleise Hoffmann. Dias depois, na visita que fez a Corumbá com um grupo de ministros e assessores, Lula dedicou parte de seu tempo a uma conversa com o candidato ponta-poranense. O tema principal é um projeto que Carlos alimenta há dois anos, a construção do Hospital Binacional na fronteira entre Ponta Porã (Brasil) e Pedro Juan Caballero (Paraguai).

MUDANÇA
Com uma militante do PT de candidata a vice, a cantora e ativista cultural Nady Lobato, e o PCdo B completando a chapa, Carlos da UCP faz do alinhamento com o governo federal e o presidente Lula uma das bases mais importantes do programa de governo. Afirma que o município precisa mudar, ter um modelo de gestão administrativa e política que não se isole política ou ideologicamente. 

“Ponta Porã pode crescer muito mais, porém um crescimento que seja traduzido em ampliação de oportunidades, em espaços produtivos com indústrias e empresas de todos os portes gerando empregos”, advoga. “Só a receita local e o importantíssimo apoio do governo do Estado não bastam, é essencial que o gestor tenha proximidade efetiva com o Planalto, com o presidente, com os ministros, caso contrário ele vai isolar a cidade em um campo limitado de parcerias”, argumenta.

A pregação de Carlos vem ecoando numa região que apresenta hoje as mais interessantes e promissoras vocações, fomentadas pela presença de diversos cursos superiores em território brasileiro e paraguaio. Calcula-se que cerca de 10 mil acadêmicos – jovens, em sua esmagadora maioria – frequentam as salas de aula destas instituições. E nesta leque de opções, o curso de Medina da UCP, criado e dirigido por Carlos, é um dos principais motivadores na saudável febre de conhecimento que tomou conta da fronteira.